Veja só, em meio a onda de anúncios visuais, eis que surge algo repleto de texto.
Esta campanha – 5 cartazes de puro texto – é criada pela Fischer América para a 3ª edição do Corredor Literário na Avenida Paulista, evento realizado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Vale a pena ler todos os anúncios, pois simulam encontros nada casuais.
Para ver os outros 4 anúncios entre no site do brainstorm9.
Pensei, pensei e pensei, mas não demorei para decidir sobre o primeiro post. Já que o blog tem ênfase em redação, nada melhor que começar com um comercial super premiado que dispensa qualquer comentário. É claro que todo publicitário que se preze conhece esta peça, mas mesmo assim vale o post inaugural.
Uma Puta Sacada, ou melhor, um puta texto, ou os dois, sei lá.
A semana
Para um preso, menos 7 dias Para um doente, mais 7 dias Para os felizes, 7 motivos Para os tristes, 7 remédios Para os ricos, 7 jantares Para os pobres, 7 fomes Para a esperança, 7 novas manhãs Para a insônia, 7 longas noites Para os sozinhos, 7 chances Para os ausentes, 7 culpas Para um cachorro, 49 dias Para uma mosca, 7 gerações Para os empresários, 25% do mês Para os economistas, 0,019 do ano Para o pessimista, 7 riscos Para o otimista, 7 oportunidades Para a terra, 7 voltas Para o pescador, 7 partidas Para cumprir o prazo, pouco Para criar o mundo, o suficiente Para uma gripe, a cura Para uma rosa, a morte Para a história, nada
Para Época, tudo
Ficha técnica: Ano: 2000 Cliente: Revista Época Aprovação: Paulo Gregoracci Agência: W/Brasil Diretor de Criação: Washington Olivetto e Gabriel Zellmeister Redator: Alexandre Machado Diretor de Arte Jarbas Agnelli Produtora: AD Studio Diretor: Jarbas Agnelli Trilha Sonora: Jarbas Agnelli Fotógrafos: Miro e Marcio Scavone
O comercial possui duração de 3 minutos, algo raro para a época. Confira o que Jarbas Agnelli publicou sobre o comercial ao recriar sua versão em HD:
“A Semana é um dos comerciais mais premiados da história da publicidade brasileira. Conquistou um Leão de Ouro no Festival de Cannes e foi um forte candidato ao Grand Prix. Em 2001 abocanhou o inédito Grand Prix no Clio (5º Grand Prix outorgado em 42 anos da competição, único para um filme de língua não inglesa). Tão importante quanto os prêmios conquistados, o filme em preto e branco conseguiu a façanha de dobrar o número de assinaturas da revista, se tornando um case clássico de sucesso na propaganda.”