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Terceira entrevista | Paulo André Bione

Divulgo hoje que a terceira entrevista do blog será com o Paulo André Bione, diretor de criação da 141/SoHo Square, coordenador dos cursos da Miami Ad School e autor da razão deste blog. Publico hoje duas campanhas criadas por Paulo André Bione na época em que trabalhava como redator na Talent.

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“O mundo mudou. Só não mudou a coragem de fazer o melhor Jornal do País.”

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Entrevista com Zeca Martins

Se você é estudante ou formado em comunicação sabe muito bem que Zeca Martins dispensa apresentações, pois com certeza já leu seus livros: Propaganda é isso aí, Redação Publicitária: a prática na prática e Deus é inocente. Mas se você não o conhece e ainda não leu seus livros (digo ainda porque logo após a entrevista você vai querer ler) publico hoje 7 perguntas respondidas por Zeca Martins, assim você o conhece, tem uma noção do que perdeu por não ter lido seus livros e aprende um pouco do bastante que ele sabe.

Boa leitura e bom aprendizado.


1. A redação publicitária de hoje é diferente da redação publicitária do início de sua carreira? Se sim, quais foram as principais mudanças? (sem contar as mudanças da reforma ortográfica).
Sem dúvida. Quando comecei na profissão, os textos eram mais persuasivos, envolventes, conquistavam as pessoas para a promessa intrínseca dos produtos (para entender melhor do que estou falando, sugiro a leitura do livro O Copy Criativo, do Roberto Menna Barreto). Atualmente, sob a indesculpável desculpa de que as pessoas não lêem, a rapaziada vem fazendo anúncios nus, isto é, sem a roupagem da persuasão. Acontece que as pessoas lêem sim, basta que lhes demos bons textos. Veja o exemplo das crianças: dizem que as crianças e adolescentes de hoje são analfabetos funcionais, pra dizer o mínimo. No entanto, como explicar o sucesso do Harry Potter, que só tem texto, muito texto? Simples: ali, cada página traz um sonho, traz um novo encantamento. Com anúncio é a mesma coisa; venda um sonho, encante. E pode fazer isso com mil palavras, que se a coisa toda for boa, o consumidor vai ler até o finalzinho.

2. O que realmente importa na hora de avaliar a pasta de um candidato a estágio?
Acho que importa avaliar “o” candidato. Pasta bonita todo mundo pode ter (aliás, é indispensável ter pasta bonita e variada, pra mostrar talento e versatilidade). Mas postura, nem todos têm, infelizmente. Publicitário bom tem reclame nas veias, tem conhecimento rico e variado. E demonstrar isso é, no meu entendimento, mais importante que portfólio.

3. Além de escrever 50 novos títulos, o que fazer quando os últimos 50 que você criou foram recusados?
Alguma coisa está errada. Pare e reavalie. Sem querer puxar o saco dos publicitários, se houve recusa de tudo o que foi apresentado, ou o profissional é péssimo ou, o que é mais provável, o cliente é péssimo. Isso acontece muito; tá cheio de iletrados & ignorantes por aí ocupando cargos que não estão à sua altura (ou baixeza, como queiram), mas que são os caras que têm o poder de dizer não, e é só o que conseguem dizer, porque não têm preparo suficiente para entender quando está na hora de dizer sim. Mas isso é uma realidade com que temos de conviver, lamentavelmente. Eu já sofri horrores com clientes obtusos. E a melhor conclusão a que cheguei foi a de continuar fazendo pacientemente um trabalho com a melhor qualidade possível, porque se eu cedesse estaria dando um tiro no meu próprio pé. Talvez uma boa saída seja falar francamente com o pessoal do atendimento, da mídia etc. e expor o problema, para juntos, encontrarem uma estratégia eficiente. E uma boa estratégia de abordagem do cliente – posso garantir – normalmente funciona melhor que simplesmente apresentar-lhe grandes anúncios.

4. Como se destacar diante da grande quantidade de novos profissionais formados?
Da mesma forma que fazemos para destacar nossos anúncios dos demais que estejam à volta: fugindo do “efeito paisagem”. Quero dizer com isso que aquele publicitário que, igual à esmagadora maioria, acha que basta fazer umas gracinhas típicas de publicitários para se destacar, está perdendo solenemente seu tempo. Mercados competitivos exigem conteúdo, muito conteúdo, ainda mais conteúdo do profissional. É inacreditável que existam, por exemplo, alguns sujeitos preguiçosos & presunçosos que dizem ser ou querer ser diretores de arte, mas que nunca estudaram profundamente história da arte, tipologia, fotografia, psicologia etc. Repito: profundamente! A mesma coisa vale pros redatores, pros mídias, pros atendimentos… cada um no seu quadrado. Dá pra imaginar redator iletrado? Já vi. Mídia ruim de cálculo e de estratégia? Já vi. Atendimento semi-analfabeto? Já vi. Mas note que o verbo ver ficou no passado, porque aqueles que vi, não vejo mais. Só sobreviveu quem é craque na profissão (ou sobrinho do cliente). Sucesso e criatividade têm a mesmíssima fórmula: esforço + conhecimento.

5. Em seus cursos e workshops você dedica um tempo para falar apenas sobre webwriting: escrevendo para a internet. Quais as principais diferenças em escrever para esta mídia?
Honestamente, embora eu apresente várias técnicas, não acho tão importante falar sobre escrever sobre esta ou aquela mídia especificamente, como se existissem receitas mágicas para escrever em cada meio de comunicação. Do meu ponto de vista, o que realmente importa é o redator e o diretor de arte terem critérios claros sobre como o consumidor se comporta diante de cada mídia, qual a freqüência com que a vê, qual o tempo médio de leitura dispensado, qual é seu “momento psicológico” diante de determinada mídia, quanto aquele meio consegue envolver e divertir o consumidor, e por aí vai. Mais importante que meia dúzia de técnicas, repito, é trazer um conhecimento robusto. Com isso o texto e o layout fluirão naturalmente e sempre darão bons resultados.

6. Algum novo livro em andamento ou alguma novidade prevista para seu blog?
Livro em andamento, tenho um, cujo título provisório é “Blog de papel, propaganda & marketing”, que em mais de 220 páginas traz a coletânea dos melhores posts que publiquei no meu blog, nos últimos dois anos. É um livro para ser lido a partir de qualquer página, porque não me preocupei em classificar os posts por assunto. Então, você vai encontrar uma nota sobre direitos autorais ao lado de uma outra sobre tipologia, seguidos de uma citação de um publicitário ou escritor famoso etc. Sinceramente, gostei muito do resultado. Este livro já está em negociação com uma editora grande, mas ainda sem data prevista para lançamento. Por falar em livro, nos próximos dias sai a nova edição do REDAÇÃO PUBLICITÁRIA – A prática na Prática, pela Editora Atlas. Coloquei um novo capítulo, intitulado Dicas Assombrosas, que ficou bem divertido e ainda mais prático! E tem, é claro, o meu querido PROPAGANDA É ISSO AÍ!, sendo igualmente negociado com uma nova editora, e também com texto revisto e ampliado; agora o livro tem um capítulo extra sobre as técnicas da propaganda nazista.

7. Se você estivesse começando na profissão hoje, o que perguntaria para o Zeca Martins, redator e autor de diversos livros, e qual seria sua resposta?
– Zeca, vale a pena?
– Vale, Zeca.


Zeca Martins

Redator Publicitário graduado em Propaganda e Marketing pela ESPM de São Paulo e autor dos livros
Propaganda isso aí, Deus é inocente e Redação publicitária: a prática na prática, adotados em faculdades de Comunicação Social de todo o Brasil.


Saiba mais sobre Zeca Martins:
http://www.zecamartins.com.br

Clique aqui e conheça seus livros.

Agradeço publicamente ao Zeca Martins pela participação. Obrigado!

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Entrevista com Flávio Waiteman

Estreia agora no blog uma seção de entrevistas com redatores publicitários e, para começar com o pé direito, entrevistamos o diretor de criação e redator da Africa, Flávio Waiteman, autor do livro: Manual Prático de Criação Publicitária.

Boa leitura e boa aula, pois aprender com ótimos redatores será o objetivo desta seção.


1. Conte um pouco sobre o seu começo na profissão de redator publicitário.
A profissão conheci num estágio de 1 mês na agencia Salles, de São Paulo. Mas começar a trabalhar mesmo foi em Lisboa, na W/Portugal onde permaneci por 5 anos.
Agora, sem demagogia, me sinto no começo ainda.

2. O que realmente importa na hora de avaliar a pasta de um candidato a estágio?
Talento, dedicação, superação.

3. O que fazer quando o monitor só fica em branco, ou seja, quando não há nenhuma boa idéia para o título e o texto da campanha?
Comece por colocar o cabeçalho, que todo trabalho deve ter.
Primeiro, coloque o nome do cliente. Isso vai lhe lembrar que há um compromisso comercial a ser entregue e que existem milhares de pessoas na cadeia produtiva que aguardam pelo seu trabalho.
Embaixo, coloque o nome da agencia onde trabalha, isso vai lhe refrescar a memória de quem o contratou e que confia que você vai conseguir preencher aquele espaço com algo relevante, pertinente, brilhante.
Em seguida, coloque o nome do produto ou serviço que você está desenvolvendo. Assim, você deixa de frescura e foca.
E, finalmente, lembre-se de suas origens antes de iniciar na propaganda, que no meu caso é : Quero voltar a morar na Cohab?
Ao final desse processo, as idéias vem rápido.

4. Você concorda que os anúncios alltype estão em baixa? Por quê?
Existem lendas que dizem que ninguém gosta mais de ler. Então, todo mundo vai deixando isso de lado. O cliente porque acredita nisso, a agencia porque acredita nisso e o diretor de arte porque acha que o layout fica melhor. Eu não acredito.Acredito no verbo, desde o inicio. Do sujeito e predicado também.

5. Há dificuldades em adequar a redação para os diversos formatos como internet, mídia impressa, marketing direto e merchandising que envolvem uma campanha sem perder a identidade e o conceito do trabalho?
Nenhuma. Não existe em agência um departamento de criação de rádio, ou de TV ou de jornal.
Propaganda é pertinência, mágica, surpresa. E na internet você tem isso em doses interessantes.
Assim como existe um músico que pega as suas idéias e faz o arranjo de um jingle, precisa existir um belo web designer para programar legal as peças.
Recado para os web designers que criam: nada vos impede de criar filmes também.

6. Se você estivesse começando na profissão hoje, o que perguntaria para o Flavio, diretor de criação da Africa, e qual seria sua resposta?
– O que devo fazer para ter sucesso na profissão?
– Trabalhar todos os dias como se fosse o primeiro. Se não funcionar, trabalhar todos os dias como se fosse o último.


Flávio Waiteman
Diretor de criação e redator da Africa


Para finalizar a entrevista publico uma campanha de mídia impressa criada para Mitsubishi na qual o Flavio é um dos diretores de criação. Os anúncios entraram na Archive e, por serem alltype, justificam a quarta resposta do Flávio Waiteman.



Agradeço ao Flávio, ao pessoal da Africa e a todos que enviaram perguntas.

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Filmes Impressos | Títulos

Vírgulas em comum

Dia 14 de outubro, quarta-feira, assisti ao novo comercial criado pela Africa para a Associação Brasileira de Imprensa e, como todo filme da Africa, é uma puta idéia super produzida, mas o impressionante é como a vírgula e outros sinais de pontuação se tornam com frequência temas de campanha. Veja abaixo o filme criado pela Africa e mais duas campanhas com a vírgula no papel principal.

Talent para a Fundação Doe Vida

Veja o post completo

Fallon para o Citibank

Veja o post completo

Ficha técnica do filme:
Cliente: Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Título: A vírgula
Redatores: Fabio Seidl, Luiz Gonzaga Saraiva
Diretor de arte: Bruno Brasil
Diretores de criação: Nizan Guanaes, Sergio Gordilho, Fabio Seidl, Bruno Brasil
Produtor: Francisco Oliveira
Produtora: Visorama
Diretor: Jose Bessa

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Anúncios de oportunidade | NET

Enquanto você e outros inúmeros fãs ficam preocupados com os novos episódios de LOST, 24 horas e Heros, tem gente pouco se lixando para a greve dos roteiristas em Hollywood. Veja os anúncios abaixo e descubra quem.



Agência: Talent
Cliente: NET

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