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Os comerciais da campanha “Não tem comparação”

“Não tem comparação” foi uma campanha lançada em 1991 pela Talent para os produtos da Brastemp. Os filmes popularizaram o bordão “Não é assim uma Brastemp”, que fazem parte da história da propaganda e da cultura brasileira.

A campanha foi reconhecida pelo Profissionais do Ano e recebeu um Leão no Festival de Publicidade de Cannes. Além de outros prêmios.

“Não é assim uma Brastemp” foi o tema da marca até 2003. Recentemente voltou para a mídia.

Diretores de criação: Ana Carmen longobardi e Mauro Perez
Criação: Paschoal Fabra Neto e Ricardo Freire

Comercial 1: um vendedor relata sua experiência na loja.
Comercial 2: um marido compra produtos de outra marca.
Comercial 3: uma empregada doméstica relata a compra de outra marca.
Comercial 4: filme veiculado somente nos cinemas que interage com o meio.

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Entrevista com Alex Periscinoto

A entrevista que você está prestes a ler foi realizada no dia 18/12/2015, porém, publicada somente em 09/03/2016. O motivo de tanta demora eu explico a seguir: realmente, nenhum texto de apresentação que escrevi neste período sobre Alex Periscinoto era bom o suficiente para definir corretamente sua importância à publicidade brasileira e, principalmente, para a minha carreira e de tantos colegas de trabalho. Não queria cometer gafes. O “P” da Almap, como você já deve saber, mudou a história da propaganda. Enfim, sem querer tomar mais o seu tempo e atrasar a leitura, aproveito este espaço para agradecer publicamente Nélson Machado, pelo contato, e Alex Periscinoto, pela participação no blog.

Dica: leia com atenção cada resposta, da caixa alta ao ponto final. Creio que há muito para aprender nestas perguntas que preparei com tanto carinho. Boa leitura e boa aula.


1. Conte um pouco sobre seu começo na profissão. Foram tempos difíceis do início até a Almap?
Alex: Claro que eu tive a minha corrida de obstáculos que, aliás, é algo que nunca termina. O “pouco” que vou te contar é quase demais pra uma entrevista, mas achei adequado não economizar fatos. Portanto, é um “pouco-muito” da minha vida. Pra agilizar a leitura da 1a. respostas, criei intertítulos. Vamos lá.

O começo do começo.
A minha vida profissional começou nos anos 50, na house agency da grande loja de departamentos que existia em S. Paulo, em frente ao Teatro Municipal, chamada “Mappin”. Era uma loja imensa, classuda, sofisticada e que se destacava publicitariamente por ser uma poderosa anunciante seja como patrocinadora do noticiário de maior audiência da tv e intensa veiculação de comerciais, seja em spots de rádio, anúncios de página inteira em jornais, etc. Eu era o diretor-de-criação do Mappin. E o meu desafio diário era fazer um varejo de alta qualidade com anúncios limpos e sempre com um toque de classe e charme porque o Mappin também atingia a alta classe média destacando-se, inclusive, como uma espécie de fashion week permanente, lançando moda e tendências.

“Ohrbach’s” , Nova Iorque.
A minha grande referência criativa era o bom gosto da requintada loja de departamentos de NY, a “Ohrbach’s”. Seus anúncios eram aulas de direção-de-arte e texto com layouts sofisticados, limpos, impactantes, bem humorados tanto nos visuais como nos títulos deliciosamente bem sacados. Eu recortava esses anúncios do “New York Times” de domingo (eu ia na livraria “La Selva” do aeroporto de Congonhas comprar) e guardava tudo carinhosamente como fontes inspiradoras. Um dia, já cansado de ficar babando à distância, tomei uma atitude. Resolvi beber direto na fonte. E, equipado com o meu inglês aprendido na marra como autodidata, me mandei pra NY a fim de absorver tudo e mais um pouco da “Ohrbach’s” e de sua genial agência.

A mitológica DDB
Fui maravilhosamente bem recebido na “Ohrbach’s” talvez até pelo insólito: um publicitário sul americano atrevidamente enfiado no ninho de cobras em NY pra observar, assimilar e levar de volta pro Brasil os mais criativos conceitos de comunicação não só do varejo mas, principalmente, dos valores, métodos e inteligência embarcados na agência que a atendia: nada menos do que a mitológica DDB. Vivendo a rotina da agência ganhei a sorte grande de me tornar amigo pessoal não só do “B” da agência – o lendário redator Bill Bernbach, como também de seu incrível time de monstros sagrados como Bob Gage, Helmut Krone, Bob Levenson.

Nasce a revolucionária Almap.
Pra quem vinha de um ambiente profissional já com data vencida, ver como trabalhava a DDB pra mim foi como receber uma bomba de Hiroshima na cabeça. Um choque cultural devastador ao ver como o Bill Bernbach e seu time produziam suas campanhas. Os caras trabalhavam em duplas, coisa impensável pra mim onde no Brasil o redator ficava numa sala e o “ilustrador” (nem tinha o conceito “diretor-de-arte”) noutra sala, completamente isolados. Na DDB era um olhando pro outro, compartilhando a mesa, chutando ideias, tirando sarro, criticando, xingando, metendo os pés nas mesas, espetando rascunhos de layouts nas paredes, enfim, uma zona, uma loucura com método e alta produtividade. Voltei ao Brasil eletrificado e ansioso por colocar em prática tudo o que eu tinha visto. Comecei a fazer isso no Mappin. Mas a coisa pegou pra valer um tempinho mais à frente quando, a convite do José de Alcântara Machado (brilhante business man) fiz um frila pra tentar conquistar a conta de uma fábrica de automóveis que estava chegando ao Brasil: a Volkswagen. Com todo aquele conteúdo DDB tinindo na minha cabeça, ganhamos a concorrência de braçada. E com uma agência zero km em mãos, virei a mesa. Desrespeitei construtivamente o formato obsoleto brasileiro de se fazer publicidade. Implantei aqui o sistema das duplas acrescentando um diretor-de-criação pra refinar a qualidade das peças e também avaliar sua eficácia mercadológica pois a criatividade publicitária não é um fim em si mesma mas um meio pra se obter resultados. Mas havia dificuldades pois como tudo era inovador, eu não encontrava redatores e diretores-de-arte prontos pro novo formato. Tive que garimpar, treinar, aculturar novos talentos não só pra criação como também pro planejamento, mídia e até pra produção de comerciais (um dos nomes que fez história na Almap foi o meu querido amigo Boni). A Almap cresceu, ganhou musculatura e virou referência de modelo criativo estimulando outras agências a se espelharem nela. Todo mercado brasileiro ganhou com isso. A nossa publicidade superou o provincianismo, aprendeu a linguagem internacional, impôs respeito, virou o bicho-papão dos festivais ganhando prêmios e mais prêmios pelo mundo.

2. “Mais vale o que se aprende que o que te ensinam”. Na publicidade, a experiência ainda é a melhor escola?
Alex: A melhor escola é a que soma tudo que se vivencia – seja vindo dos professores, pais, amigos e, principalmente, o que se obtém da experiência – própria ou alheia, pois é aí que se aprende que, na prática, a teoria é outra. O aprendizado de um publicitário (principalmente de criação) tem que ser permanente, dia e noite, sem preguiça, incluindo sábados, domingos e feriados. A cabeça do cara de criação tem que funcionar como se fosse uma máquina maluca somando drone, satélite e radar tudo junto pra saber captar e interpretar comportamentos sociais, linguagens, gestos, hábitos, enfim, conhecer a alma do consumidor. Quanto mais rico for esse arquivo de conteúdos, mais vivo e antenado será o resultado criativo pois campanha publicitária que funciona é a que gera empatia e até vira bordão de sucesso popular como aconteceu anos atrás (que pena, nunca mais isso se repetiu) como “Não é uma Brastemp” (agência Talent), “O primeiro sutiã ninguém esquece” (DPZ), “Nós viemos aqui pra beber ou conversar?” (Almap pra cerveja Antarctica).

3. Em uma de suas publicações, você descreve o quão “difícil é sacar o óbvio”. Existe uma maneira, uma espécie de treino, para que criativos possam encontrar raciocínios óbvios com maior facilidade?
Alex: Descobrir o óbvio é um dos mais fascinantes desafios da criação publicitária. Não existe manual pra saber onde ele está escondido. Aliás, ele nunca está escondido, está sempre explícito tirando um sarro da gente que não o vê debaixo dos nossos respeitáveis narizes. E o mais chato é que só os outros descobrem. Um exemplo de anúncio óbvio que posso ilustrar é um institucional histórico e super-premiado que a Almap criou pra Volkswagen (veja anexado). Esse anúncio flagrou uma obviedade escandalosa bem na palma das nossas mãos: descobriu que temos nas tais “linhas da vida” nada menos do que um “V” e um “W”. E que com um simples círculo rabiscado no entorno delas aparece a logomarca Volkswagen. Aí fica fácil ver pois o óbvio só vira óbvio depois que a gente descobre o “mardito”.

4. Qual anúncio/campanha você acha genial por ser óbvia? Poderia citar um exemplo?
Alex: Eu não diria “genial” porque esse nível não vem sendo alcançado por ninguém, aqui e lá fora, há muito tempo. Mas o anúncio da mão Volkswagen da resposta anterior é um bom exemplo.

5. O que realmente importa na hora de avaliar a pasta de um candidato a estágio?
Alex: Ver se ele tem conteúdo. Nesse estágio inicial da profissão sacar se o candidato tem bagagem de cultura, informação, etc, é até mais importante do que o domínio da forma, coisa que com a prática ele vai aprender. Não quero dizer que o candidato tenha que ser um “inteléquitual”, ou enciclopédico ou um Google ambulante. Mas é decisivo que ele tenha (como já disse de outra forma ali atrás), uma visão widescreen de tudo, sabendo observar como se comportam, como falam, como se emocionam, como escolhem, como criticam, como agem e reagem as pessoas que, individual e coletivamente, formam o tecido social onde a publicidade atuará. Esse radar é o captador-mestre da matéria-prima que a dupla criativa deverá saber lapidar artesanalmente com talento, fazendo nascer peças publicitárias convincentes porque souberam alinhar sua narrativa àquela do mercado. Inteligência e mente a mil são exigências básicas.

Alex: Um parêntese sobre “estágio”. A “Almapinha” .
Alex: Tomo a liberdade de esticar um pouco o assunto da resposta anterior pra dizer que eu sempre me preocupei com a busca dos novos talentos que batem à porta das agências pra fazer estágio, pois tenho como regra de vida uma frase que eu inventei pro meu próprio consumo interno: o que não se renova, deteriora. E, nos anos 90, havia um pecado mortal praticado generalizadamente pelas agências: não deixavam o sol entrar, não abriam as portas pra oxigenar os times criativos. Negavam chances aos estagiários com o raciocínio simploriamente cruel de que, por não terem experiência, não seriam imediatamente produtivos. Óbvio que não conseguiriam experiência pois as portas das agências fechavam-se criando vicioso (aliás, “círculo viciado”) que se retroalimentava pisoteando o nascedouro de novos talentos. Chutei de bico pra romper esse labirinto. Inventei a “Almapinha”, uma espécie de agência interna encravada no coração da criação, onde os futuros redatores e diretores-de-arte, participavam, sem teorizações, da vida real da criação subordinados às duplas experientes que lhes orientavam com os mesmos briefings sob a mesma pressão de timing e performance. Além de revelar novos talentos, a Almapinha trazia uma vantagem subjacente a serviço da felicidade dos clientes, aliás de seus inesgotáveis “sobrinhos” que também tinham uma chance legítima de estagiar, mas sem colher de chá pois seus currículos escolares eram avaliados com o mesmo cuidado. O fato é que a “Almapinha” entrou na história emocional de muitos criativos que, ao final do estágio, saíam tinindo obtendo chances reais de trabalho pois tinham em mãos um portfólio básico com a grife Almap que, sem modéstia à parte, era e continua sendo o objeto de desejo de todo cara de criação.

6. Qual conselho você escutou no começo da carreira e acredita ser útil até os dias de hoje?
Alex: É aquele que o talento intuitivo do meu pai sempre repetia na minha época de garoto, e que chupei pra dar título ao meu livro: “Mais vale o que se aprende do que aquilo que te ensinam”.

7. Criativo, cliente ou consumidor. Quem mais mudou nos últimos anos?
Alex: Os três mudaram, cada um a seu jeito. O consumidor evoluiu espetacularmente ampliando a consciência de seus direitos e o olhar crítico sobre o conteúdo e promessas publicitárias levando as agências e anunciantes a virarem a página dos trololós com meias verdades ou mentiras inteiras. Neste aspecto, aliás, o único tipo de propaganda que continua praticando acintosamente a lorota, pra constrangimento de todos que trabalham com seriedade e ética na comunicação, é a eleitoral. Escrevi sobre isso no meu blog (post “Conar pra propaganda política?”) lançando a ideia de termos, a exemplo do Conar publicitário, o “Conar Político”, uma instituição que defenderia o público contra os ilusionismos das campanhas políticas, podendo corrigir e até tirar do ar as peças eleitorais com promessas impagáves, nos dois sentidos. Retomando e concluindo a resposta, digo que o cliente também mudou em decorrência da agressiva competitividade econômica e a criatividade publicitária também mudou de cara. Não ficou mais bonita, nem mais criativa, nem mais jovem. Parece que todos combinaram e, religiosamente, fizeram voto de pobreza criativa. É fácil detectar isso nos layouts congestionados de fontes e texturas mais coloridas e barulhentas que a banda dos fuzileiros navais, títulos e textos parecendo meras transcrições de briefings e comerciais que pretendem serem engraçados com gags manjadas. Será que dias mais criativos virão? Aposto que sim. Talento pra isso temos de montão.

8. Se você estivesse começando na profissão hoje o que perguntaria para o Alex Periscinoto, publicitário que mudou a criação das agências brasileiras, e qual seria sua resposta?
Alex: Perguntaria: Alex, o que você quer ser quando crescer na publicidade? Responderia: quero virar a criação de cabeça pra baixo, quero descobrir novos talentos, quero fazer a publicidade brasileira ganhar linguagem internacional, quero ganhar prêmios que ninguém ganhou antes, quero criar uma agência que seja uma grife de talento pra todo criativo, quero ser o primeiro publicitário brasileiro como jurado em Cannes, quero presidir uma Bienal, quero vencer o desafio de esculpir grandes cavalos em madeira, quero escrever um best seller, quero fazer esculturas com ferro velho, quero ter um Fusca zero km, quero curtir minha super bike de competição aos domingos pelas avenidas de São Paulo. Graças ao bom Deus, consegui tudo o que sonhei. Só desisti de continuar pedalando minha magrela pelo trânsito insano da cidade porque não tem coisa mais óbvia e anticriativa do que ser atropelado em São Paulo.

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Alex Periscinoto


Anúncio citado durante a entrevista:
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Ficha técnica:
Criação e texto: Nélson Machado.
Diretor-de-Arte: Omar Guedes.
Fotógrafo: Sergio Paolino.
Texto:
“A linha do bom senso. Desde quando o homem civilizado começou a andar mais sobre quatros rodas do que sobre dois pés, muitas marcas de automóveis passaram em sua vida. Poucas ficaram. E só uma conseguiu atravessar os tempos com a economia de sempre, a qualidade de sempre.
Hoje, neste exato momento, milhões de pessoas em todo mundo estão dirigindo essa mesma marca. E se tanta gente com tantos hábitos, gostos, crenças, ideologias, e exigências diferentes de repente tem a mesma opinião, é porque uma razão muito forte levou a esse ponto comum: a própria razão. A lógica. O bom senso.”

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Podcast 002 | Referências

podcast-redacao-pulicitaria-referencias

O segundo podcast do blog está no ar, depois de 11 meses. É a correria do dia a dia (ou melhor, do ano todo). Desta vez, Tiago Moraes, Bruno Mattheus, Pedro Paulo Mesquita e o convidado Caio Turbiani conversam sobre o principal combustível de todo criativo: referência. Redatores, agências, anuários, dicas, sites, Rolling Stones e muito mais.

Faça download ou dê o play para ouvir.

DURAÇÃO: 1h18

LISTA DE CITADOS NO PROGRAMA:

LINKS GERAIS:
Instagram Vi no Anuário
Tumblr Menos 1 Leão em Cannes
Tumblr Metal Potencial
Twitter do Rob Schwartz
Filme do Dia – #filmedodia
Clube de Criação
Joe La Pompe
Ads of the World
Best Ads On TV
We Love Ad
Wave Festival
FWA
Fast Co Create
Creativity
Adweek
Blue Bus
Blog do Adonis
Cargo Collective
Eugênio Mohallem
Ricardo Chester
Cine Produtora
La Bombonera Criativa
Brainstorm #9
I Believe in Advertising (agora Adeevee)
AdNews
Update Or Die
André Kassu
Alex Periscinoto
Portfolio Lovers
DDB ANOS 60
AMV BBDO
Ivan Cash

FANPAGES:
Crispin Porter + Bogusky (Brasil)
Adweek
Banco de Títulos
Só Títulos
O Diretor de Arte Cheiradão
Job do Dia
Jornal Meia Hora

ANUÁRIOS:
Clube de Criação
D&AD
One Show
ABP
Clube de Criação do Rio de Janeiro
Clube de Criação do Paraná
• Clube de Criação de Pernambuco

ALL TYPES:
All type do Clube de Criação
All type para a Panamericana Escola de Arte e Design
All type para o Volkswagen Passat

JORNAIS E REVISTAS DE PROPAGANDA:
Meio & Mensagem
Propmark
AdvertisingAge
Adweek
Lürzer’s Archive
• Revista Pasta (acabou em 2007)

LINKS SOBRE DAVE TROTT:
campaignlive.co.uk
Twitter
Site
School Communication Arts

INFORMAÇÕES SOBRE PAUL ARDEN:
Wikipedia

REDATORES CITADOS:
Roberto Pereira, Gilberto dos Reis, Marcelo Aragão, Eugênio Mohallem, Átila Francucci, Cássio Zanatta, Ricardo Chester, Wilson Mateos, Dulcidio Caldeira, Ruy Lindenberg, Carlos Domingos, Miguel Bemfica, Ricardo Freire, Ercílio Tranjan, Renato Simões, João Augusto Palhares Neto, Washington Olivetto, Hans Dammann, Alexandre Lucas, Nizan Guanaes, Gustavo Sarkis, Cesar Herszkowicz, André Laurentino, André Kassu, Alexandre Gama, Celso Loducca, Roberto Duailibi, Bill Bernbach, David Ogilvy, Leo Burnett e Neil French.

DIRETORES DE ARTE CITADOS:
Jacques Lewkowicz e Marcello Serpa.

CATEGORIA REDATORES DO PUTA SACADA:
Acesse aqui

AGÊNCIAS E REDES:
TBWA/CHIAT/DAY
Almap BBDO
F/Nazca Saatchi & Saatchi
Droga 5
Crispin Porter + Bogusky
Rede BBDO
Rede DDB
David&Goliath
The Network One
Translation
• Brave Republic
Goodby Silverstein & Partners
Pereira & O’Dell
La comunidad
Jung von Matt
Barton F. Graf
adam&eveDDB

LINKS SOBRE O CREATIVE SANDBOX:
Think with Google
Twitter
Youtube

LINKS DE CLIENTES E CANDIDATOS:

Oreo
Instagram
Twitter
Youtube
Facebook

Eduardo Jorge
Twitter
Facebook

Newcastle Brown Ale
Twitter
Youtube

Old Spice
Twitter
Youtube
Facebook

LIVROS:
The copy book: How some of the best advertising writers in the world write their advertising (do D&AD)
O copy criativo: 177 magníficos textos de propaganda – para ver se você finalmente aprende a redigir um (de Roberto Menna Barreto)
• Criação Sem Pistolão (de Carlos Domingos)
Propaganda é isso aí! (de Zeca Martins)
Redação publicitária: A prática na prática (de Zeca Martins)
• Confissões de um publicitário (de David Ogilvy)
• Lendo imagens: Uma história de amor e ódio (de Alberto Manguel)
• A publicidade é um cadáver que nos sorri (de Oliviero Toscani)
Posicionamento: A batalha pela sua mente (de Jack Trout e Al Ries)
• Na toca dos leões: A história da W/Brasil, uma das agências de publicidade mais premiadas do mundo (de Fernando Morais)
• Mais vale o que se aprende do que te ensinam (de Alex Periscinoto)

CURTAS-METRAGENS, FILMES E DOCUMENTÁRIOS:
Whiplash
Paperman
Staff Picks do Vimeo
O Sentido da Vida
Jiro Dreams of Sushi

DIRETORES:
Clovis Mello, Pedro Becker, Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Jarbas Agnelli e Ridley Scott.

SÉRIES:
Breaking Bad, The Sopranos, House of Cards e Game of Thrones.

COMERCIAL DO ALEXANDRE GAMA:
Encontro / Estadão

SPOTS E JINGLES:
Banco Bamerindus (Colucci)
Banco Nacional (F/Nazca)
Big Mac
Brastemp (Talent)
Camisas USTOP (Talent)
Dumb Ways to Die (McCann Melbourne)
Eduardo Jorge
Fiat (Leo Burnett)
Honda (DM9)
Posto Ipiranga (Talent)
Posto Rede São Paulo (W/GGK)
Parmalat Mamiferos (DM9DDB)
Pipoca Com Guaraná (DM9DDB)
Ponies malditos (Lew’Lara TBWA)
Bud Light (DDB Chicago)
Saveiro (AlmapBBDO)

BANDAS/MÚSICAS:
Brothers of Brazil – My Heart Is Shattered
Brothers of Brazil – Missing The Boat
Brothers of Brazil – Só Não Se Esqueça De Mim
Brothers of Brazil – Daddy’s Space Ship
Brothers of Brazil – A Vida Num Segundo
The Rolling Stones – Start Me Up
The Rolling Stones – Satisfaction

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20 DIAS DE SIMPLICIDADE | 14

Estou tentando selecionar o melhor da simplicidade em filmes e roteiros neste especial de 20 dias. Se você não concordar com algum post, tudo bem, esse blog também num é assim… uma Brastemp. Essa campanha da Talent possui diversos filmes sensacionais. Receita: poltrona, ator e um ótimo texto. Confira.

Filme especial para salas de cinema.

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Entrevista com Paulo André Bione

Paulo André Bione além de ser redator, diretor de criação e coordenador da Miami Ad School, a escola de criação mais premiada do mundo, é a pessoa certa para tirar aquela sua velha dúvida de como deve ser o portfólio de um redator publicitário. Dúvida que não existirá mais após você ler a quarta resposta. Então não perca tempo e confira a entrevista com Paulo André Bione direto de Cannes.

Ah, antes que eu esqueça, parabéns! Você acaba de ganhar uma aula da Miami Ad School em forma de entrevista com o Paulo André Bione. Vale a pena ler cada resposta com atenção.

Boa leitura e bom aprendizado.


1. Conte um pouco sobre seu começo na profissão e sua passagem por grandes agências como Ogilvy, W/Brasil, Talent e QG.
Eu sou de Recife. Cheguei em São Paulo em 89 para estudar na ESPM. No mesmo ano, peguei meu portfólio bem caseiro de Recife e mostrei na W/Brasil. E assim ganhei um estágio. Depois fui para Ogilvy já como redator junior. Após a Ogilvy fui para Talent e foi lá que passei a maior parte da minha carreira. Na Talent, ganhei prêmios e participei de campanhas como “Não é assim uma Brastemp”, “nossos japoneses” Semp Toshiba, “É melhor você começar a ler o Estadão”, entre outras. Depois recebi um convite do Olivetto para voltar para W/Brasil, fiquei na agência mais 3 anos e a Ana Carmen me chamou de volta para a Talent. Dentro do grupo assumi a direção de criação da QG, outra agência do grupo Talent. Por 4 anos cuidei dos escritórios de São Paulo e Porto Alegre.

2. Além de diretor de criação da 141/SoHo Square, você é coordenador da Miami Ad School, a escola de criação mais premiada do mundo. Qual o motivo de tanto sucesso da escola e o que os futuros alunos podem esperar dela?
O motivo é simples: mundo real. A Miami Ad School/ESPM é a única escola brasileira onde os caras que ganham Cannes, Anuário do Clube de Criação de São Paulo, Prêmio Abril, também são professores. Trazemos a elite da criação brasileira para dentro da sala de aula. Os alunos podem esperar o feedback dos seus trabalhos mais rigoroso que existe, vão ter um portfólio decente, atual e competitivo. Vão ter portas abertas por conta do brand Miami, podem estagiar nas melhores agências do Brasil e do mundo e ganhar prêmios. Dinheiro é que eu não tenho tanta certeza assim.

3. Qualquer pessoa pode ser um redator criativo? É possível aprender criação?
Não é qualquer um que pode ser um redator criativo. É preciso ter duas coisas: saco e tesão. Saco e tesão andam juntos. Saco para refazer, refazer até aprender a ter uma ideia boa. E tesão para toda a vez que refazer ter prazer neste processo. Ou seja, o talento conta, mas nem tanto assim, conta mesmo é a vontade de querer entrar nesta profissão. Já vi muita gente nem tão talentosa no começo, virar o jogo por conta da dedicação. A segunda parte da pergunta esta respondida certo?

4. Na Miami você colabora com o portfólio de diversos alunos. Quais as principais dicas que ajudam um redator a montar uma boa pasta?
Primeira coisa: não tenha uma pasta ingênua. O mundo não está mais para desavisados. Eu falo daquelas pastas totalmente sem noção, com ideias muito toscas, produção medíocre. E o aluno acha que tem uma pasta. Esta é a parte da ingenuidade que não cabe mais. Você tem que ser esperto, tem que ter uma pasta versátil, com um pouco de tudo. Com um volume de peças que mostre que você não teve só sorte, você sabe fazer. Mescle sua pasta com uma parte de títulos (bem construídos), conceitos com soluções visuais boas, ideias inovadoras, mídias alternativas, projetos. Uma pasta hoje é algo plural.

5. O que realmente importa na hora de avaliar a pasta de um candidato a estágio?
A qualidade das ideias.

6. Diferente de criar fantasmas para o portfólio é criar bons anúncios para clientes reais. Como evitar a tela branca diante do briefing, prazo, cliente e atendimento?
Criar no mundo real é bem mais difícil, até porque sua ideia passa pelo julgamento de muitas pessoas. Como evitar a tela branca? Disciplina. Disciplina é melhor que talento.

7. Sabemos que o critério separa a propaganda boa da ruim. Mas como saber se o nosso critério está apurado o suficiente para julgar a nossa criação?
Feedback sério. Se você tem orientadores capacitados que digam a verdade para você, seu critério melhora. Sou contra o paternalismo para com o aluno. O aluno precisa ouvir “tá uma merda faz de novo”, mesmo depois de ter trabalhado muito. É assim o processo de melhora, apanhando.

8. Se você estivesse começando na profissão hoje, o que perguntaria para o Paulo André Bione, diretor de criação e coordenador da Miami, e qual seria sua resposta?
Pergunta: ainda vale a pena começar nesta profissão? Resposta: vale, desde que você não fique olhando para trás. O que era esta profissão, não é mais. Sem nostalgia.

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Paulo André Bione
Diretor de Criação da 141/SoHo Square e Coodenador da Miami Ad School


Conheça a Miami Ad School e saiba mais sobre Paulo André Bione.

Se você ainda não sabe, é do Paulo André Bione a razão deste blog existir. Confira.